Palestrantes:

  • Thomas Martin
  • Patricia Brennan
  • Scott Edwards
  • John Fitzpatrick
  • Cristina Miyaki
  • Sergio Lambertucci
  • Miguel Marini

Thomas Martin

Montana Cooperative Wildlife Research Unit – University of Montana

Sobre a importância de estudar história natural, enquanto se conjectura sobre a teoria da ecologia evolutiva e princípios fisiológicos, para avançar no entendimento da variação na história de vida

Martin vem estudando história natural, biologia de populações e história de vida de diversas espécies de aves em várias partes do mundo há anos: 35 anos no Arizona, USA; 3 anos no Parque Nacional El Rey, Argentina; 7 anos no PN Yacambu, na Venezuela; 7 anos na África do Sul e 9 anos no PN Kinabalu, Malásia. Ele é cientista sênior e professor da Unidade USGS Montana Cooperative Wildlife Research da Universidade de Montana.

https://www.umt.edu/mcwru/MartinLab/TomMartin/default.php


Patricia Brennan

Mount Holyoke College

Evolução genital em aves: perdendo o pênis e vencendo a batalha

Dr. Patricia Brennan interessa-se na evolução morfológica da genital em vertebrados e nos mecanismos que levam a diversificação genital, em particular os conflitos sexuais. Ela obteve seu bacharelado em biologia marinha, na Colômbia, de onde é nativa e onde ela estudou a fisiologia cardíaca de mamíferos marinhos. Ela foi trabalhar nas ilhas Galápagos em um barco de pesquisa (R/V Odyssey). Brennan completou seu doutorado na Universidade de Cornell, onde ela estudou a biologia reprodutiva e o sistema reprodutivo de Tinamus major. Durante esse tempo ela desenvolveu um interesse em seleção pós-copulatória em aves e dedicou-se ao estudo das características da genitália e do esperma em patos. Atualmente interessa-se em expandir o conhecimento da evolução da genitália em vertebrados, em particular, examinando a morfologia genital das fêmeas e coevolução. Ela trabalhou como professora pesquisadora na Umass Amherst antes de afiliar-se à Universidade Mount Holyoke. Seu trabalho tem sido apresentado nos “Arquivos XX: ciência extraordinária, mulheres extraordinárias”, una série de curtas-metragens sobre mulheres da ciência produzidos por AAAS.

Seu trabalho tem recebido muita atenção da mídia e ela tem se tornado muito interessada em divulgação e educação pública, promovendo e defendendo (em artigos e aulas) a importância da comunicação científica e da ciência básica.

https://www.mtholyoke.edu/people/patricia-brennan


Scott Edwards

Harvard University

Condutores genômicos de mudanças evolutivas: exemplos micro e macro evolucionários a partir da árvore da vida das aves

Scott Edwards é professor de Zoologia “Alexander Agassiz” e Curador de Ornitologia no Museu de Zoologia Comparada da Universidade de Harvard. Sua pesquisa foca em diversos aspectos da biologia de aves, incluindo a história evolutiva e a biogeografia, a ecologia de doenças, a genética de populações e a genômica comparativa. Ele fez um estágio pós-doutoral em imunogenética na Universidade da Flórida, usando o complexo maior de histo-compatibilidade (MHC) para estudar interações de aves e doenças infecciosas, como as resultantes da interação de Haemorhous mexicanus com a bactéria patogênica Mycoplasma gallisepticum. Seu trabalho com MHC o levou a estudar a estrutura do genoma das aves em larga escala e despertou seu interessa atual no uso de genômica comparativa para estudar a base genética da mudança de fenótipo em aves. Seu trabalho recente usa genômica comparada em vários contextos do estudo de evolução e adaptação em aves, incluindo adaptações ecológicas no Neotrópico e a origem da ausência do voo. Scott atualmente participa do Conselho da Sociedade de Ornitologia Americana e tem atuado como presidente da Sociedade para o estudo da Evolução, da Sociedade de Biólogos Sistematas e da Associação Americana de Genética, assim como é um dos membros do Comitê Assessor do Museu Nacional de História Natural (National Museum of Natural History, Smithsonian) e do Laboratório de Ornitologia da Universidade de Cornell (Cornell Lab of Ornithology). Ele é um membro eleito da Sociedade Americana de Ornitologia (2006), da Associação Americana para o Progresso da ciência (2009) e da Academia Norte Americana de Ciências (2015).

http://edwards.oeb.harvard.edu/people/scott-v-edwards


John Fitzpatrick

Cornell Laboratory of Ornithology

O papel emergente da ciência-cidadã no entendimento da distribuição e conservação das aves

Fitzpatrick é diretor executivo do Laboratório de Ornitologia de Cornell (Cornell Laboratory of Ornithology) e professor no Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva na Universidade de Cornell. Desde que se doutorou na Universidade de Princeton (Princeton University) em 1978 ele foi Curador de Aves and chefe da Zoologia no Field Museum em Chicago, e Diretor da Archbold Biological Station na Florida. Antes de ir para Cornell in 1995 ele conduziu inúmeras expedições científicas na bacia do rio Amazonas e nas planícies andinas, promovendo a descoberta de um número significativo de novas espécies de aves. Atualmente continua seus 45 anos de estudos em colaboração sobre a ecologia, comportamento, genética da paisagem e conservação da ameaçada Aphelocoma coerulescens. No laboratório de Cornell, ele e seus colegas têm sido pioneiros no desenvolvimento de um projeto de internet baseado em ciência-cidadã, eBird, usado como uma ferramenta revolucionária para o monitoramento de aves numa escala continental. Suas cerca de 200 publicações científicas incluem o livro Neotropical Birds: Ecology and Conservation e a Seção Tyrannidae do Handbook of Birds of the World, volume 9. Ele tem atuado como Presidente da União de Ornitólogos Americanos (American Ornithologists’ Union), no Comitê da Conservação da Natureza (Nature Conservancy) e na Sociedade Nacional Audubon (National Audubon Society), e em três grupos de recuperação de espécies ameaçadas (Endangered Species Recovery).

http://ecologyandevolution.cornell.edu/john-weaver-fitzpatrick


Cristina Y. Miyaki

Universidade de São Paulo

Filogeografia de aves: revelando a história biogeográfica da floresta Atlântica

As áreas de interesse de Cristina Yumi Miyaki são Biogeografia Histórica e Conservação de Aves Neotropicais. Seu laboratório publicou vários artigos sobre a filogeografia de aves, com especial enfoque em aves da Mata Atlântica. Esse bioma é um dos cinco hotspots de biodiversidade no mundo e possui menos de 16% da sua vegetação original. Esses estudos filogeográficos têm revelado uma história biogeográfica complexa, com algumas espécies apresentando estrutura populacional enquanto outras não. Os processos por detrás dessa história estão sendo estudados com a colaboração de uma equipe multidisciplinar que inclui, entre especialistas de diversas áreas, geólogos e engenheiros de sensoriamento remoto. O laboratório de Cristina também publicou filogenias moleculares de psitacídeos, com foco na reconstrução das relações dentro do grupo da região neotropical, mas também buscando compreender sua relação com os demais grupos que compõem essa ordem de aves. Como várias espécies de psitacídeos são consideradas ameaçadas de extinção, também foram realizados alguns estudos nos níveis populacional e individual. Alguns estudos permitiram realizar a identificação da espécie de embriões apreendidos e do local mais provável de origem de filhotes apreendidos. Outros estudos revelaram o nível de paternidade extra-par de algumas espécies na natureza

  • 2005-atual: Membro correspondente da União Americana de Ornitologia.
  • 2008-atual: Membro correspondente da sociedade Alemã de Ornitologia (DO-G).
  • 2002-atual: Membro do Comitê Ornitológico Internacional .
  • 2010-2014: Membro do Comitê Executivo da União Internacional de Ornitologia.
  • 2004-atual: Membro do Grupo de estudos Latino-americanos de Genética da Conservação.
  • 2004-2007: Conselho Diretivo da Sociedade de Ornitologia Neotropical.
  • 2011-2013: Presidente da Sociedade Brasileira de Ornitologia.
  • 2014-2016. Segundo Tesoureiro da Sociedade Brasileira de Genética.
  • 2002-atual: Membro do Conselho Consultivo para a Conservação da Cyanopsitta spixii.
  • 2003-atual: Membro do Conselho Consultivo para a Conservação de Anodorhynchus leari.

http://www.ib.usp.br/biologia/lgema/


Sergio Lambertucci

CONICET-Universidad Nacional del Comahue

Compartilhando o ar com a vida selvagem: padrões, processos e conservação em 3D

Dr. Sergio Lambertucci é um pesquisador do CONICET e professor de Ecologia e Biologia da Conservação da Universidade Nacional de Comahue, na Argentina. Ele é o presidente do grupo de pesquisas sobre Biologia da Conservação do INIBIOMA (Instituto de Biodiversidade e Meio Ambiente) e investiga aspectos gerais de ecologia e conservação de espécies, em particular de aves de rapina. Seu interesse é principalmente os problemas ambientais causados pelo impacto antrópico e o desejo de promover, com base em evidências científicas, medidas que melhorem a coexistências entre o homem e a natureza. Seus estudos vão desde o impacto da fragmentação do habitat, os poluentes, a perseguição sobre a vida silvestre até a percepção humana sobre a fauna. Com sua equipe ele conduz, entre outros, estudos de ecologia trófica, ecologia do movimento, toxicologia, genética, isótopos e identificação de áreas de importância para a conservação da vida silvestre.

http://uncoma.academia.edu/SergioALambertucci


Miguel Marini

Universidade de Brasília (UnB)

Mudança climática e aves neotropicais: conhecimento atual e lacunas

Miguel Ângelo Marini é professor titular no Departamento de Zoologia da Universidade de Brasília (UnB), Brasília, localizada no centro do Bioma Cerrado, uma savana Neotropical. Ele doutorou-se na Universidade de Illinois (University of Illinois) em Urbana-Champaign (UIUC, USA) e dispendeu seu ano sabático no Muséum National d’Histoire Naturelle (MNHN, France). Miguel foi editor da Revista Brasileira de Ornitologia (Ararajuba) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO). Sua linha de pesquisa inclui biologia reprodutiva e conservação de aves neotropicais. Atualmente ele está estudando os efeitos de mudanças climáticas e padrões biogeográficos sobre a biologia reprodutiva de aves. Para atingir suas metas ele está organizando um banco de dados de reprodução de aves neotropicais baseado em dados de encontro de ninhos em campo em registros de nidificação a partir de coleções de ovos e registros de literatura.

http://www.ecologiadeaves.unb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21&Itemid=17